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Crédito do BNDES à indústria soma R$ 52,4 bi e pode impulsionar a competitividade do setor b733j

Pela primeira vez desde 2017, indústria supera agronegócio nos rees do banco de desenvolvimento 6k4m5h

Pela primeira vez desde 2017, os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinados à indústria ultraaram os da agropecuária. O primeiro setor captou R$ 52,4 bilhões em 2024, enquanto o segundo ficou com R$ 52,3 bilhões, uma diferença simbólica para o processo de retomada industrial brasileira.

O BNDES registrou impacto recorde no crédito disponível na economia, alcançando a marca de R$ 276,5 bilhões no ano ado – crescimento de 26% em relação ao ano anterior. As aprovações de financiamentos subiram 22%, totalizando R$ 212,6 bilhões, dados que sinalizam um ambiente mais propício para os investimentos em sistemas para empresas capazes de otimizar operações e reforçar a posição competitiva no mercado.

“[Isso] mostra o sucesso das políticas voltadas para o fortalecimento da indústria, principalmente da Nova Indústria Brasil”, afirmou o diretor financeiro e de mercado de capitais do BNDES, Alexandre Abreu. Na mesma linha, o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, classificou a mudança como “ótimo indicador”, lembrando que “a indústria é um setor que gera muito valor agregado, mão de obra, empregos mais qualificados e gera inovação tecnológica”.

Planejamento financeiro se torna diferencial para indústrias brasileiras

A captação de recursos representa apenas o começo da jornada. Conforme a FIA Business School, empresas com organização financeira consolidada têm maior facilidade em obter crédito, pois investidores e credores avaliam a saúde financeira antes de disponibilizar capital.

As decisões de investimento precisam ser planejadas. Gestores financeiros devem avaliar não apenas oportunidades imediatas, mas também projetos de expansão e possíveis aquisições, considerando a relação entre riscos e retornos como elemento central desse processo. O Retorno sobre Investimento (ROI), calculado pela razão entre ganho líquido e custo do investimento, permanece como métrica essencial para comparar a eficiência de diferentes projetos.

Tendências tecnológicas que podem ser foco de investimentos

O cenário industrial já se desenha com contornos bem definidos. Segundo levantamento da EDGE, a automação será o motor de transformação do setor nos próximos meses, com Inteligência Artificial (IA) e machine learning assumindo papel central nas operações.

O relatório State of Smart Manufacturing, elaborado pela Rockwell Automation, mostra que 85% das empresas direcionaram investimentos ou planejavam fazê-lo em IA e aprendizado de máquina em 2024, com perspectiva de continuidade. A IA generativa, também conhecida como “Gen AI”, desponta como área prioritária para 2025, seguida pela implementação de robótica colaborativa.

Paralelamente, a sustentabilidade ganhou status de pauta obrigatória em nível diretivo, conforme indica a consultoria Gartner. Essa tendência pode abrir caminhos para que indústrias direcionem parte do crédito obtido à implementação de tecnologias que monitoram consumo energético, otimizam recursos e minimizam desperdícios no processo produtivo.

Entre as aplicações mais estratégicas para os recursos do BNDES destaca-se a implementação de sistemas que modernizam a gestão industrial. O Manufacturing Resource Planning (MRP – “Planejamento de Recursos de Produção”, em tradução livre), surge como alternativa.

Entender para que serve o MRP é o primeiro o para as indústrias.  Segundo o Sebrae, esse sistema mede indicadores relevantes, como capacidade de trabalho de máquinas, quantidade necessária de matéria-prima e tempo de produção, garantindo que produtos sejam fabricados dentro de prazos determinados, com otimização de recursos e cumprimento dos compromissos com clientes.

Os benefícios dessa ferramenta incluem aprimoramento no planejamento produtivo, maior confiabilidade das informações, melhor desempenho e redução de custos. Os resultados ganham ainda mais relevância quando há integração com o Enterprise Resource Planning (ERP – “Planejamento de Recursos Empresariais”, em tradução livre), sistema que amplia a visibilidade e proporciona eficiência em todos os aspectos operacionais da indústria.

A tecnologia já não representa apenas um diferencial, mas uma necessidade. O Sebrae enfatiza que os “recursos tecnológicos mudaram a forma de trabalho e aumentaram a eficiência nos processos de produção, diminuindo gastos e desperdícios”.

Essa transformação se manifesta no aumento da produtividade, na otimização do uso de energia e recursos, no aperfeiçoamento de processos e na segurança operacional. Indústrias que conseguirem utilizar adequadamente os recursos disponibilizados pelo BNDES para automatizar processos e implementar sistemas de controle podem ter vantagem significativa em seus mercados.

No Brasil, o ecossistema tecnológico está em expansão. Dados do Sebrae apontam a existência de aproximadamente 422 mil negócios no setor, com 85 mil novas empresas criadas no último período reportado – crescimento de 55% em relação a 2018. Esse movimento reflete a crescente demanda por soluções tecnológicas no mercado nacional.

A combinação entre crédito ível e investimento estratégico em tecnologia pode representar o caminho mais sólido para ampliar a competitividade da indústria brasileira no cenário internacional, com impactos diretos na geração de empregos qualificados e valor agregado para a economia do país.

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