Ganhar competitividade é essencial em qualquer setor industrial. Mas talvez sejam poucos os segmentos da indústria em que essa competitividade também esteja intrinsecamente ligada à segurança como o mercado farmacêutico. 5u4h6r
“Claro”, você pode pensar, “afinal, estamos falando de um setor diretamente relacionamento com a saúde”. Sim, você está certo, mas quando falamos em segurança não nos referimos unicamente aos processos de fabricação ou identificação de um determinado medicamento.
No segmento farmacêutico, o termo tem uma abrangência maior e bem significativa. A primeira explicação está no fato de o segmento farmacêutico ser um dos principais alvos dos processos de falsificação – afinal, o valor agregado em cada etapa da cadeia é alto, assim como seu custo. Essa não é uma preocupação apenas do Brasil, mas, sim, mundial. O mercado farmacêutico mundial movimenta mais de US$ 1 trilhão por ano e o setor sofre com alto grau de falsificações. Segundo a Organização Mundial de Saúde (World Health Organization – WHO) e o Center for Medicine in the Public Interest, os medicamentos falsificados representam até 10% do total no mundo.
A segunda explicação reside nas incidências de roubo de medicamentos e de cargas. No Brasil, anualmente, o roubo de carga em nosso setor cresce, colocando em risco não apenas colaboradores que trabalham com o transporte dos produtos, mas também pacientes e empresas.
Rastreabilidade como resposta
Por meio das tecnologias de serialização e rastreabilidade, é possível implantar processos mais seguros em toda a cadeia de medicamentos, não apenas na fabricação (com identificação de componentes, serialização de lotes e destinos) mas também no que se refere à segurança e prevenção a fraudes.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o aumento da rastreabilidade no setor pode reduzir a falsificação de instrumentos globalmente em mais de 200.000 milhões de dólares por ano. Com códigos de identificação, captura de dados por meio de sistemas de leitura óptica, e inteligência agregada de software para gerenciamento de depuração de dados, todo ciclo se torna perfeitamente rastreável e automatizado, minimizando erros humanos e garantindo um controle aprimorado.
A SEA Vision investe constantemente no aprimoramento de suas soluções de rastreabilidade, desenvolvimento projetos para adaptar as linhas de produção da indústria e agregar automação, inteligência e assertividade no controle de toda a cadeia produtiva, principalmente no que tange à segurança.
Os benefícios são evidentes, sobretudo no ganho de confiabilidade perante farmácias e clientes (por meio da rastreabilidade pode-se ainda facilitar os processos de recall de lotes, caso necessário), e também na expansão de mercado, inclusive internacional, uma vez que em vários países os critérios de rastreabilidade são condição primordial para comercialização de medicamentos.
A rastreabilidade tem diversas funções muito importantes para a saúde pública e as questões sanitárias. Caso seja necessário realizar o recall de um medicamento, por exemplo, a empresa fabricante saberá exatamente onde deve buscar o produto, como tirá-lo do mercado de forma rápida, evitando que traga danos para a população.
O maior controle sobre a origem do medicamento também pode ajudar a combater falsificação e roubos de carga. Segundo dados da Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária da Anvisa, até maio em 2018 foram registrados mais de 2.407 roubos, furtos ou extravios de medicamentos no Brasil. “Com o código bidimensional impresso na caixa, posso consultar a procedência do medicamento, além de várias outras informações muito ricas, como validade e data de fabricação. Isso vai impedir a dispensação de itens fora de prazo adequado para o consumo”, acredita Ribeiro.
A digitalização da cadeia de fornecimento de medicamentos significa segurança para todas as etapas, desde a produção até o consumo.
O mercado farmacêutico mundial movimenta mais de US$ 1 trilhão por ano e o setor sofre com alto grau de falsificações. Segundo a Organização Mundial de Saúde (World Health Organization – WHO) e o Center for Medicine in the Public Interest, os medicamentos falsificados representam até 10% do total no mundo.
O código de barras bidimensional é a tecnologia para a captura e o armazenamento de instâncias de eventos necessários ao rastreamento de medicamentos. O padrão de código é o DataMatrix, especificado na norma ISO/IEC 16.022/2006. O detentor do registro de medicamentos é o responsável pela gestão dos dados que compõem o Identificador Único de Medicamentos (IUM).
Nesse sistema, cada caixinha recebe um número impresso num código que congrega todas as informações relativas a ele, armazenadas em um banco de dados (lote, validade, número de série e de registro na Anvisa), além do histórico e trajetória do produto nas diferentes etapas logísticas (centro de distribuição, distribuidores, farmácias e drogarias até chegar ao consumidor).
– O paciente tem a certeza de que o medicamento percorreu toda a cadeia e saberá a exata origem do que está comprando;
– A vigilância sanitária reforça seus mecanismos de controle;
– Quem produz tem como saber se o medicamento chegou ao destino correto;
– Quem vende terá o a todas as informações contidas no código bidimensional, inclusive o código de barras tradicionalmente usado na venda;
– A rastreabilidade também é uma ferramenta de e à promoção do uso racional de medicamentos.