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Janssen: consulta pública ouve sociedade sobre inclusão de medicamento biológico no Rol da ANS para retocolite ulcerativa 4j45m

Qualquer cidadão pode participar até dia 16 de fevereiro 56o4i

São Paulo, fevereiro de 2022 – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma consulta pública para avaliar a incorporação de medicamento biológico para tratamento da retocolite ulcerativa (RCU) moderada a grave, ativa em adultos. A RCU é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta o intestino grosso (cólon) e a mucosa do reto, gerando graves sintomas que impactam drasticamente a qualidade de vida do paciente.

A consulta pública tem por objetivo conhecer a opinião da sociedade sobre o parecer preliminar da ANS, que foi desfavorável à incorporação do ustequinumabe para o tratamento de RCU. Dessa forma, as contribuições deverão manifestar a posição do público se concorda ou não com a preliminar desfavorável à inclusão do medicamento.

“É importante a participação consciente da sociedade, pois as consultas públicas são processos importantes que promovem, de forma democrática, a avaliação de inclusões de novos medicamentos e tecnologias inovadoras no ROL da ANS, propiciando aos pacientes o a um amplo e variado portfólio de tratamentos que trazem qualidade de vida e controle da doença. Além disso, contribui para que os médicos tenham necessidades clínicas atendidas”, explica Daniel Durand, Diretor de o da Janssen Brasil.

Por meio desse processo, a ANS busca subsídios para tomadas de decisões e, além de médicos e pacientes, conta ainda com a participação de sociedades científicas, entidades profissionais, universidades e institutos de pesquisa.

As pessoas interessadas em manifestar sua opinião devem ar o site Consulta Pública nº 91 – Contribuições para a revisão da lista de coberturas dos planos de saúde – ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar

Entendendo a doença

A retocolite ulcerativa é uma doença intestinal crônica e autoimune, que se manifesta por meio da inflamação persistente do reto e do cólon, geralmente com a presença de úlceras[1]. O principal sintoma é a diarreia com sangue e cerca de 90% dos pacientes apresentam hemorragia retal. Outras manifestações comuns são cólica abdominal e, em casos mais graves, febre, anemia e perda de peso1.

Apesar de ser uma doença que acomete principalmente o reto e o cólon, a retocolite ulcerativa é uma doença que pode causar inflamação sistêmica, podendo, em até 50% dos casos, afetar outros órgãos como articulações, ossos, pele, olhos, boca, fígado e sistema cardiovascular. Portanto, o controle dessa inflamação, é necessário e, quando de intensidade moderada a grave, é realizado através de medicamentos que modulam o sistema imunológico, como imunossupressores e terapia biológica. Portanto, é importante ter opções de tratamento, de diferentes mecanismos de ação, para cada tipo de doença (intensidade, comorbidades, presença de inflamação além do intestino, etc)[2]

O diagnóstico da doença é realizado com base em três aspectos: os sintomas apresentados pelo paciente, exames complementares, como sangue, fezes e a colonoscopia, e exames patológicos, em que é analisado um pequeno fragmento do intestino que, normalmente, é retirado durante a própria colonoscopia. Segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), 12% dos pacientes demoram mais de três anos entre o início dos sintomas até visitar um médico especialista e 43% vão ao menos quatro vezes ao pronto-socorro antes de receber um diagnóstico final. Apesar de poder ter início em qualquer idade, o pico de incidência ocorre dos 20 aos 40 anos. Além dos impactos físicos, os desconfortos gerados pela RCU também acarretam problemas emocionais, pois limitam a vida social, afetam o dia a dia no trabalho e toda a rotina do paciente 3.

Os tratamentos disponíveis para a doença agem diminuindo a inflamação na parede do cólon. Isso permite que o cólon se recomponha e também ajuda a aliviar os sintomas. Nem todos os medicamentos são iguais para quem sofre de retocolite ulcerativa. Deve-se levar em conta as necessidades de cada indivíduo porque a doença pode se manifestar e evoluir de maneiras diferentes. O tratamento médico pode provocar a remissão, com duração de meses ou até anos, mas a doença pode reaparecer, ficando ativa novamente devido a alguma inflamação ou mesmo por outras razões que podem reativá-la.  Por isso, os médicos têm usado vários medicamentos para tratar a retocolite ulcerativa durante muitos anos. Essa variedade é importante para atender a necessidade de cada paciente. As categorias de medicamentos mais usadas atualmente são: Aminossalicilatos, Corticosteroides, Imunomoduladores, Terapias biológicas (anti-TNF, anti-integrina e anti- IL12 e IL 23) e pequenas moléculas (inibidores de JAK). Embora não haja uma cura conhecida, há muitas terapias efetivas para manter a inflamação sob controle 3. E o o a elas é direito de todos.

  [1] Folheto Viver com a Retocolite Ulcerativa, Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn. Disponível em https://abcd.org.br/wp-content/s/2017/06/Folheto-Viver-com-Retocolite-Ulcerativa.pdf. o em outubro de 2021.

2 Kim, J. M. & Cheon, J. H. Pathogenesis and clinical perspectives of extraintestinal manifestations in inflammatory bowel diseases. Intest. Res. 18, 249–264 (2020).

3  Entendendo a Doença Inflamatória Intestinal. Cartilha ABCD. Disponível em:  https://abcd.org.br/wp-content/s/2018/08/entendendo_dii.pdf  o em setembro de 2021

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